Yevgeny Prigozhin, chefe do grupo paramilitar Wagner, enviou um recado para o presidente da Rússia, Vladimir Putin, e para o Ministério da Defesa. Ele divulgou a mensagem na tarde desta sexta-feira, 24.
Mais cedo, o Grupo Wagner deu início a uma rebelião armada no país. A segurança de Moscou, por exemplo, foi reforçada. Já os acessos ao Kremlin, sede do governo russo, tiveram de ser totalmente bloqueados.
Prigozhin divulgou um comunicado para justificar o rompimento com o Exército de Putin. Leia o texto completo abaixo.
“O Conselho de Comandantes do PMC Wagner tomou uma decisão: o mal trazido pela liderança militar do país deve ser interrompido. Eles negligenciam a vida dos soldados. Esqueceram a palavra ‘justiça’ e vamos trazê-la de volta. Aqueles que destruíram hoje nossos homens, que destruíram dezenas de milhares de vidas de soldados russos, serão punidos. Ninguém resiste. Todos que tentarem resistir, os consideraremos um perigo e os destruiremos imediatamente, incluindo quaisquer postos de controle em nosso caminho. E qualquer aviação que vemos acima de nossas cabeças. Peço a todos que mantenham a calma, não cedam às provocações e permaneçam em suas casas. O ideal é que aqueles que estão no nosso caminho não saiam. Depois de terminarmos o que começamos, voltaremos à linha de frente para proteger nossa pátria. Autoridade presidencial, governo, ministério de assuntos internos, Rosgvardia e outros departamentos continuarão operando como antes. Vamos lidar com aqueles que destroem soldados russos. E voltaremos à linha de frente. A Justiça no Exército será restaurada. E, depois disso, justiça para toda a Rússia.”
Como ocorreu a revolta do grupo paramilitar contra o Ministério da Defesa da Rússia?
Prigozhin afirmou que os líderes militares do país atacaram uma de suas bases militares. Ele também acusou as tropas de Moscou de matarem uma “grande quantidade” de soldados de suas forças.
Nesta manhã, o chefe do Grupo Wagner declarou que o Ministério da Defesa traiu seu exército privado, e, por isso, vai “responder a essas atrocidades”.
O Kremlin rebateu as acusações e garantiu que as afirmações de Prigozhin “não correspondem à realidade e são uma provocação informativa”. Autoridades da Rússia confirmaram que Putin está ciente dos acontecimentos, e as medidas necessárias “estão sendo adotadas”.
Créditos: Revista Oeste
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