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UOL fez verificação de tuítes de Flávio Dino

  • Jul 14, 2023
  • 3 min read

É verdade que o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), tuitou críticas ao sistema eleitoral. Imagens de tuítes feitos nos anos 2009 e 2013 estão sendo usadas nas redes sociais por adversários políticos para pedir que o ministro receba a mesma punição deJair Bolsonaro(PL). Parte das críticas apresentadas pelo ministro, que hoje defende o sistema eleitoral brasileiro, foi feita com base em evidências compartilhadas à época pelo especialista Diego Aranha. Atualmente, o pesquisador considera não haver evidência de fraude nas eleições e afirma que as vulnerabilidades detectadas por ele há uma década foram corrigidas.


Conteúdo investigado: Postcom imagens de tuítes antigos em que o ministro Flávio Dino (PSB) questiona a segurança das urnas eletrônicas. A publicação cobra punição do chefe da Justiça e Segurança Pública: "Vai ter que explicar na Justiça, ou só vale contra o Bolsonaro?".


Na legenda, o autor do post, o deputado federal Coronel Meira (PL-PE), cita que algumas das publicações foram feitas em período eleitoral. Onde foi publicado: Instagram e Facebook. Continua após a publicidade


Conclusão do Comprova: O Comprova confirmou a publicação no perfil do ministro Flávio Dino de tuítes que criticavam o sistema eleitoral brasileiro. Em um post no Instagram, o deputado federal Coronel Meira reproduz publicações com críticas ao sistema eleitoral feitas por Dino entre os anos 2009 e 2013.

Algumas mensagens foram postadas por Dino dentro de períodos eleitorais de eleições suplementares nos anos de 2009 e 2013, como em Minas Gerais, mas nenhuma delas foi publicada em períodos eleitorais do Maranhão, estado de Dino. Eleições suplementares sãonovos pleitos convocados pelos tribunais eleitorais em razão de indeferimento de registro, cassação de diploma ou perda do mandato de candidato eleito.

Parte das críticas apresentadas pelo ministro, que hoje defende o sistema eleitoral brasileiro, foi feita com base em evidências compartilhadas à época pelo especialista Diego Aranha, que participou do Teste Público de Segurança (TPS) do TSE em 2012 e divulgou, em um evento com participação de Dino, as fragilidades encontradas por sua equipe. Aranha é professor e pesquisador na área de criptografia e segurança computacional. Atualmente, o pesquisador considera não haver evidência de fraude nas eleições e afirma que as vulnerabilidades detectadas por ele há uma década foram corrigidas.

"Observo ainda que não poderia ser diferente, e que o objetivo de um pesquisador em segurança é exatamente este: que vulnerabilidades sejam corrigidas", afirmou o professor ao Comprova. Comprovadoé o fato verdadeiro, o conteúdo original publicado sem edição ou a localização ou evento confirmada pela apuração do Comprova. Continua após a publicidade Alcance da publicação: O Comprova investiga os conteúdos suspeitos com maior alcance nas redes sociais. Até 12 de julho, o post de Meira tinha mais de 10 mil curtidas e 817 comentários. Já a conta no Twitter do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), que também publicou uma imagem com as postagens feitas por Flávio Dino criticando as urnas, reunia 1,5 milhão de visualizações, 58,3 mil curtidas, além de 3,6 mil comentários.

No perfil do Facebook da deputada federal Bia Kicis (PL-DF), a postagem registrava 4,9 mil curtidas, 615 comentários e 3,2 mil compartilhamentos. Como verificamos: O primeiro passo foi uma busca no Twitter e no Google por termos como "Flávio Dino", "críticas", "urnas", "auditoria" e "voto impresso". A opção de busca avançada foi utilizada para incluir as datas das publicações de Dino na rede social. Após a identificação dos tuítes na conta do ministro, o Comprova entrou em contato com a assessoria do TSE.

Também contatou o professor Diego Aranha, citado nos tuítes de Dino, e o Coronel Meira, responsável pelo post verificado. Durante todo o processo de apuração, o Comprova solicitou ao Ministério da Justiça esclarecimentos sobre as publicações de Flávio Dino, mas não obteve retorno até a conclusão desta verificação.

As mensagens usadas no post feito pelo Coronel Meira no Instagram, foram, de fato, publicadas no perfil de Flávio Dino em 2009, 2012 e 2013. A postagem de Meira afirma ainda que alguns dos tuítes de Dino foram publicados em período eleitoral, o que também é verdadeiro, embora essas eleições fossem suplementares e nenhuma delas tenha sido realizada no Maranhão. Um post foi publicado no dia 12 de agosto de 2009, e outros dois, em 8 de novembro de 2013, quando 11 municípios de diferentes estados se preparavam para eleições suplementares.


Em Minas Gerais, segundo os calendários eleitorais de 2009 e 2013, as convenções partidárias ocorreram a partir de 5 de agosto e 23 de outubro, respectivamente. Já o tuíte de 2012 usado pelo parlamentar foi publicado em ano de eleições municipais, mas fora do calendário eleitoral.

Na publicação, o deputado federal Coronel Meira (PL-PE) cita "penas aplicadas recentemente", referindo-se ao julgamento de Jair Bolsonaro (PL), e diz que solicitou "que a Justiça Eleitoral proceda com a devida punição para este sujeito que atentou, sob o ponto de vista doSTF, contra a institucionalidade brasileira".


FONTE: Terra Brasil

 
 
 

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