A resposta da Transparência Internacional, divulgada nas redes sociais, destaca que as instituições “estão funcionando como sempre funcionaram”, como afirmam integrantes do governo, mas questionou para quem elas realmente servem.
“A corrupção não é uma disfunção do Estado brasileiro, ela é perfeitamente funcional para os propósitos a que ele serve: concentrar riquezas e direitos”, completou na crítica (veja na íntegra).
O ministro do STF, Luís Roberto Barroso, durante a abertura do ano Judiciário na quinta (1º), afirmou que as instituições funcionam “na mais plena normalidade”. O ranking da Transparência Internacional, que avalia a percepção de especialistas e empresários sobre a integridade do setor público, gerou controvérsias e críticas por parte do governo Lula.
Além de Barroso, a Controladoria-Geral da União (CGU) também saiu em defesa do governo, afirmando que “estudos internacionais discutem as limitações metodológicas de índices baseados em percepção, por isso seus resultados devem ser vistos com cautela”.
As recentes críticas ao ranking contrastam com o uso anterior do mesmo estudo pelo PT, o Planalto e a CGU para criticar governos anteriores, como os de Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL).
A metodologia do IPC avalia a percepção de corrupção com notas em uma escala de 0 a 100, onde uma nota maior indica melhor percepção de integridade.
Apesar das discordâncias, a Dinamarca liderou o ranking de 2023, com 90 pontos, seguida por Finlândia e Nova Zelândia.
O Brasil, com 36 pontos, ficou abaixo da média global, regional para as Américas, do Brics tradicional, dos países do G20 e da OCDE.
A Transparência Internacional destaca que a percepção de corrupção leva em conta diversos fatores, como a liberdade da imprensa e a divulgação de informações sobre malfeitos no país.
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