Na manhã desta terça-feira (12), a Polícia Federal (PF) realiza uma operação contra o tráfico de drogas e o desvio de um produto químico usado na produção de crack e cocaína. Ao todo, são cumpridos 18 mandados de busca e apreensão pela PF, sendo 16 em São Paulo, um em Minas Gerais e um no Paraná.
De acordo com os investigadores, o principal alvo é a empresa “Anidrol”, uma indústria química que fica em Diadema, na Grande São Paulo, e tem como sócio o influenciador fitness Renato Cariani.
Cariani, que tem mais de 7 milhões de seguidores nas redes sociais, também é alvo de busca da PF.
Segundo a PF, 19 toneladas de crack e cocaína podem ter sido fabricadas com os produtos desviados pelo grupo.
A PF pediu prisão dos envolvidos, o Ministério Público foi favorável, mas a Justiça negou.
A operação é realizada em conjunto com Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO do MPSP) de São Paulo e a Receita Federal. “As investigações revelaram que o esquema abrangia a emissão fraudulenta de notas fiscais por empresas licenciadas a vender produtos químicos em São Paulo, usando “laranjas” para depósitos em espécie, como se fossem funcionários de grandes multinacionais, vítimas que figuraram como compradoras. Foram identificadas 60 transações dissimuladas vinculadas à atuação desta Organização Criminosa, totalizando, aproximadamente, 12 toneladas de produtos químicos (fenacetina, acetona, éter etílico, ácido clorídrico, manitol e acetato de etila), o que corresponde à mais de 19 toneladas de cocaína e crack prontas para consumo. As investigações revelaram, ainda, que os envolvidos empregavam diversas metodologias para ocultar e dissimular a procedência ilícita dos valores recebidos, tais como interpostas pessoas e constituição de empresas fictícias.
As pessoas relacionadas aos fatos investigados responderão, cada qual dentro da sua esfera de responsabilidade, pelos crimes de tráfico equiparado, associação para fins de tráfico, bem como pelo crime de lavagem de dinheiro. As penas cominadas podem ultrapassar 35 anos de reclusão.
O nome da operação faz alusão a Oscar Hinsberg, químico que percebeu a possibilidade de converter compostos químicos em fenacetina. Tal substância foi o principal insumo químico desviado”, diz a PF sobre o caso.
Créditos: Gazeta Brasil
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