Cinquenta e três deputados assinaram o projeto de decreto legislativo (PDL) para tentar derrubar uma decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que limitou o acesso às armas de fogo no país. Entre eles, 12 parlamentares filiados a partidos da base do governo: MDB, PSD e União Brasil, que, juntos, lideram oito ministérios.
As siglas que negociam com o presidente por um espaço na Esplanada também aparecem entre os aderentes. Seis representantes do Republicanos e o PP, partidos de Silvio Costa Filho e André Fufuca, mais cotados para assumir ministérios, também assinaram a proposta.
Na última sexta-feira, Lula expediu um decreto que alterou a quantidade de armas que podem ser compradas, além de restringir o horário de funcionamento de clubes de tiro. De acordo com a oposição, o presidente ultrapassou os limites de um decreto, que tem como objetivo regular uma lei já existente.
Além de parlamentares de partidos adversários a Lula, Alfredo Gaspar (União-AL), Coronel Assis (União-MT), Delegado Palumbo (MDB-SP), Cristiane Lopes (União-RO), Nicoletti (União-RR), Rodrigo Valadares (União-SE), Alceu Moreira (MDB-RS), Maurício Carvalho (União-RO), Sargento Fahur (PSD-PR), Thiago Flores (MDB-RO), Osmar Terra (MDB-RS) e Coronel Ulysses (União-AC) assinaram o documento.
Os deputados em questão pertencem a partidos com cargos no primeiro escalão do governo. No caso do MDB, Renan Filho (Transportes), Simone Tebet (Planejamento) e Jader Filho (Cidades) lideram ministérios. Já o PSD tem três pastas comandadas por Carlos Fávaro (Agricultura), André de Paula (Pesca) e Alexandre Silveira (Minas e Energia). Por sua vez, o MDB tem Celso Sabino (Turismo) e Juscelino Filho (Comunicações) no primeiro escalão.
Entre os 53 nomes da lista, a maior parte (32) é do partido do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Podemos (2) e Novo (1) também têm integrantes entre os aderentes.
Fonte: Folha de SP
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