A China está aumentando rapidamente seu arsenal nuclear e a Rússia está suspendendo sua participação no último tratado remanescente de controle de armas nucleares. De acordo com o The New York Times, tudo isso anuncia uma nova era em que Pequim, Moscou e Washington serão iguais em forças nucleares.
Parece que os EUA terão de enfrentar sozinhos a aliança entre a China e a Rússia. Na costa chinesa, a apenas 215 km de Taiwan, Pequim está se preparando para lançar um novo reator. O Pentágono acredita que fornecerá combustível ao arsenal nuclear chinês, que está se expandindo rapidamente, o que poderia levar o estoque de armas nucleares da China ao mesmo nível que os dos Estados Unidos e da Rússia.
O material para o reator nuclear é fornecido pela Rússia. Sua empresa Rosatom completou nos últimos meses a entrega de 25 toneladas de urânio altamente enriquecido, o que permitirá iniciar a produção.
Tais transferências significam que a Rússia e a China cooperam em um projeto que os ajudará a realizar a modernização nuclear. O Pentágono estima que, neste caso, o tamanho agregado de seus arsenais nucleares excederá significativamente o dos Estados Unidos.
De acordo com The New York Times, estas novas realidades estão levando a uma ampla reformulação da estratégia nuclear americana que poucos anteciparam há uma dúzia de anos.
Os Estados Unidos estão agora enfrentando questões sobre como gerenciar uma rivalidade nuclear de três vias, que derruba grande parte da estratégia de dissuasão que evitou com sucesso a guerra nuclear.
Como dizem os autores da publicação, a China insiste que os reatores de reprodução na costa serão puramente para fins civis, e não há evidências de que a China e a Rússia estejam trabalhando juntas nas próprias armas, ou de haver uma estratégia nuclear coordenada para enfrentar seu adversário comum.
Fonte: Sputnik
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