O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), levou 78 dias para derrubar o sigilo das imagens internas de segurança do Palácio do Planalto de 8 de janeiro. Ele não usou os registros das câmeras para analisar o caso de parte dos manifestantes presos.
Relator do inquérito no STF, Moraes só requisitou os arquivos que registraram a invasão do Planalto depois que o caso do ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Gonçalves Dias veio à tona, em 19 de abril.
Poucos dias após a depredação em 8 de janeiro, a Câmara e o Senado divulgaram imagens das depredações em suas instalações, somando mais de 40 minutos. Em 25 de janeiro, o STF disponibilizou as imagens do local.
O Planalto, no entanto, decidiu impor sigilo aos registros das câmeras em 1º de fevereiro. A argumentação foi de que não era razoável a divulgação, devido a informações que exporiam métodos, equipamentos, procedimentos operacionais e recursos humanos da segurança presidencial.
Já no voto para tornar réus os primeiros investigados de serem executores dos atos, em 18 de abril, o ministro não descreveu de maneira individualizada a conduta de cada denunciado. Tampouco citou as imagens ou os itens dos prédios públicos que cada um depredou.
Fonte: Revista Oeste
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