Mensagens encontradas no celular do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, mostram que a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro pedia saques em dinheiro vivo para custear suas despesas.
Segundo o Uol, as solicitações eram realizadas por duas assessoras, Cintia Nogueira e Giselle Carneiro, que se referiam a Michelle como “dama” ou “PD”, sigla para primeira-dama.
O material obtido pela Polícia Federal revelou que as assessoras solicitavam ao ex-ajudante de ordens saques em dinheiro e depósitos em espécie, dificultando o rastreamento da origem do dinheiro.
“O conjunto probatório colhido durante o estudo do material apreendido (inclusive o contido em nuvem) permite identificar uma possível articulação para que dinheiro público oriundo de suprimento de fundos do governo federal fosse desviado para atendimento de interesse de terceiros, estranhos à administração pública, a pedido da primeira-dama Michelle Bolsonaro, por meio de sua assessoria, sob coordenação de Mauro Cid”, afirmou a PF, em relatório parcial da investigação.
Dos 85 comprovantes de depósitos e pagamentos encontrados no celular de Cid, apenas cinco identificavam a conta de Bolsonaro como a origem dos recursos.
Ao site, a defesa de Jair e Michelle Bolsonaro negou o desvio de recursos públicos —foco da investigação da PF— e reiterou que as despesas da ex-primeira-dama eram custeadas com recursos da conta pessoal do ex-presidente.
Fonte: O Antagonista
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