O presidente Luiz Inácio Lula da Silva proibiu os seus ministros de participarem dos eventos do Lide Empresarial, grupo fundado por João Doria, ex-governador de São Paulo. A informação do jornal Folha de S.Paulo foi publicada nesta sexta-feira, 21.
De acordo com o jornal, o petista não quer a participação dos seus ministros nos eventos do Lide para não “emprestar” o suposto “prestígio” dos titulares das pastas para os encontros promovidos por Doria.
Há alguns meses, o ministro da Justiça, Flávio Dino, e o da Defesa, José Múcio, participaram de eventos do Lide. Lula teria manifestado seu desconforto diretamente a Múcio e difundiu sua contrariedade a outros auxiliares.
Doria sempre se apresentou como opositor de Lula. Apesar de embates com o ex-presidente Jair Bolsonaro, ele declarou que votaria nulo no segundo turno da eleição presidencial de 2022 por conta da sua “visão crítica” em relação aos governos de Lula.
Segundo Doria, o posicionamento adotado se deu pela “falta de comportamento moral e de lisura no tratamento do dinheiro público”.
O ex-governador também protagonizou outros episódios de enfrentamento a Lula e ao PT. Em 2018, Doria falou que “levaria chocolates” para o petista na prisão, em Curitiba.
Já em 2019, Doria rebateu uma fala da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, ao apontar preocupação com a segurança do petista durante a transferência de Lula para o presídio de Tremembé, determinada pela Justiça de São Paulo.
Gleisi ficou em alerta com a proteção de Lula “sob a polícia de João Doria”. Então, o governador rebateu a fala da petista.
“Fique tranquila, ele será tratado como todos os outros presidiários, conforme a lei”, argumentou João Doria. “Inclusive, o seu companheiro Lula, se desejar, terá a oportunidade de fazer algo que jamais fez na vida: trabalhar.”
Fonte: Revista Oeste
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