Luiz Inácio Lula da Silva (PT), juntamente com os presidentes da França, da Colômbia e da Argentina, encontraram-se com a Vice-Presidenta da Venezuela, Delcy Rodriguez, e Gerardo Blyde, negociador-chefe da Plataforma Unitária da oposição venezuelana. O objetivo do encontro foi debater a situação no país e persuadir as autoridades venezuelanas a retomar o diálogo e as negociações no âmbito do processo do México, visando estabelecer condições para as próximas eleições.
“Eles fizeram um apelo em prol de uma negociação política que leve à organização de eleições justas para todos, transparentes e inclusivas, que permitam a participação de todos, de acordo com a lei e os tratados internacionais em vigor, com acompanhamento internacional”, diz o texto.
“Esse processo deve ser acompanhado de uma suspensão das sanções, de todos os tipos, com vistas a sua suspensão completa”, prossegue.
Os líderes defendem a realização de eleições livres e transparentes na Venezuela como contrapartida para o fim das sanções. O presidente da Argentina, Alberto Fernández, mencionou a retirada das sanções contra a Venezuela, desde que seja construído um roteiro eleitoral para 2024.
“Faz-se necessário que os venezuelanos encontrem uma solução duradoura. Incentivamos a construção de um roteiro eleitoral para 2024 e a suspensão das sanções que afetam o povo”, escreveu Fernández em uma rede social.
As eleições presidenciais na Venezuela estão previstas para ocorrer em 2024, no entanto, três dos principais candidatos da oposição tiveram suas candidaturas inabilitadas. No final de junho, a ditadura de Maduro tornou María Corina Machado, uma das pré-candidatas favoritas, inelegível por 15 anos. Ela se une a outros dois nomes importantes da oposição, Juan Guaidó e Henrique Capriles, que já haviam sido barrados da disputa eleitoral.
Fonte: Gazeta Brasil
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