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Exército manda 20 blindados para Pacaraima, fronteira com a Venezuela


O Exército do Brasil prepara vinte blindados para enviar a Pacaraima, no Estado de Roraima. A cidade, que faz fronteira com a Venezuela, é onde se realiza a Operação Acolhida, criada durante o governo Temer para gerir a situação de refugiados venezuelanos.


A precaução se deve pelo fato de que, caso Nicolás Maduro siga adiante com a invasão da Guiana, teria que passar pelo Estado de RR. Os blindados, do modelo Guaicuru, virão dos Estados do Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso do Sul.


Os veículos devem levar cerca de um mês para chegar ao destino. Há trechos que só podem ser percorridos de barco, como de Belém a Manaus.


Elemento de dissuasão

A presença dos blindados e o aumento do número de homens, já previsto previamente, serviria como fator de dissuasão. Ou seja, um desestímulo a uma invasão que atravesse o território brasileiro, por mais que ela ainda se demonstre pouco provável.


No último domingo, 3, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva mostrou-se desfavorável à possibilidade de um conflito entre a Venezuela e a Guiana. Ele declarou que é preciso “baixar o facho”, pois a América do Sul não precisa de “confusão”.


Em razão das recentes ameaças, o governo da Guiana tem buscado estreitar sua relação com os Estados Unidos. Principalmente, com relação à cooperação na área de segurança.

A eventual instalação de uma base militar norte-americana no país vizinho representa mais um receio dos militares brasileiros. Além disso, caso haja uma invasão pela Venezuela, certamente haveria intervenção dos EUA. A empresa ExxonMobil descobriu, recentemente, petróleo em águas que estão na disputa. Mas várias outras empresas norte-americanas também atuam na região.

Essequibo, território guianês que a Maduro reivindica, representa dois terços da Guiana. A região, rica em recursos naturais, é objeto de disputa por ambos os países há séculos. A Guiana é o país que mais cresce na região, atualmente. Com 800 mil habitantes, tem as maiores reservas de petróleo per capita.


Créditos: Revista Oeste

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