O Exército israelense acusou nesta quarta-feira (25) o Irã de dar “ajuda direta” ao grupo terrorista Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) antes de este lançar os seus ataques de 7 de outubro, que deixaram quase 1.400 mortos e mais de 220 sequestrados em território israelense.
“O Irã prestou ajuda direta ao Hamas antes da guerra, através de treinamento, fornecimento de armas, dinheiro e conhecimento tecnológico”, disse o porta-voz do Exército israelense, Daniel Hagari.
Da mesma forma, destacou que “mesmo agora, a ajuda do Irã ao Hamas ocorre na forma de informações de inteligência e incitação através da internet contra o Estado de Israel”, segundo o jornal israelense ‘The Times of Israel’.
O Irã, que tem demonstrado o seu apoio aos grupos de “resistência” palestinos, tem sido altamente crítico de Israel pela sua campanha de bombardeios contra a Faixa de Gaza e tem alertado para o risco de uma expansão do conflito na região, ao mesmo tempo em que declarou que o apoio militar dos Estados Unidos ao governo israelense “complica a situação”.
Na verdade, o Ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Hosein Amirabdolahian, comparou na semana passada a situação na região a “um barril de pólvora” e afirmou que “o tempo está se esgotando”. “Se os fomentadores da guerra acreditam que podem pôr fim à resistência e ao Hamas em Gaza, estão errados”, sublinhou.
As autoridades da Faixa, controlada pelo Hamas, confirmaram até agora a morte de quase 5.800 palestinos devido aos bombardeios israelenses contra Gaza, incluindo 2.360 crianças, enquanto 1.550 estão desaparecidos sob os escombros e 16.300 estão feridos. Além disso, a Autoridade Palestina comunicou mais de uma centena de mortes na Cisjordânia.
Israel neutraliza comandante naval do Hamas
Entretanto, as Forças de Defesa de Israel (IDF) neutralizaram nesta quarta-feira um comandante naval do grupo terrorista Hamas que esteve envolvido nos ataques sangrentos de 7 de outubro, que deixaram quase 1.400 mortos e mais de 220 reféns israelenses.
Trata-se de Tisir Mbasher, líder do setor Norte de Khan Yunis e próximo de Muhamad Deif, membro sênior da ala militar do grupo armado, as Brigadas Ezzeldin al Qassam, conforme anunciou o porta-voz do Exército israelense, Daniel Hagari.
Ele indicou que Mbasher “foi no passado comandante da força naval da organização terrorista e ocupou vários cargos no sistema de produção de munições”, garantindo ao mesmo tempo que “tinha muita experiência como coordenador de ataque”.
Hagari também culpou Mbasher por “vários ataques assassinos contra soldados e cidadãos israelenses nos últimos anos”, incluindo ataques em 2002 e 2004 que deixaram vários mortos.
“As IDF estão firmemente implantadas na defesa. Qualquer pessoa que tente se aproximar do território de Israel será eliminada”, alertou Hagari, que referiu que o Exército israelense “eliminou cinco esquadrões terroristas durante o último dia” na fronteira com o Líbano, no contexto dos últimos confrontos com o grupo terrorista Hezbollah, que por enquanto não aderiu abertamente ao conflito iniciado em 7 de outubro.
Fonte: Gazeta Brasil
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