
Quatro dias depois de uma operação contra o auxiliar parlamentar Renan Bolsonaro, a defesa dele afirma que ainda não teve acesso aos autos. De acordo com o advogado Admar Gonzaga, isso “contraria a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal”.
“Destaque-se que foi realizado contato telefônico, em que foi informado que os advogados, ora impetrantes, apenas terão acesso após manifestação do Ministério Público e eventuais diligências do delegado”, diz trecho de um mandado de segurança apresentado pela defesa. “Contudo, tal ato viola diretamente a súmula vinculante número 14 (STF) e o direito à ampla defesa, previsto no artigo 5°, inciso LIV, da Constituição Federal.”
Na semana passada, a Polícia Civil do Distrito Federal (PC-DF) iniciou uma operação que apura suposto esquema de fraudes, no qual Bolsonaro estaria envolvido. Dessa forma, a PC-DF cumpriu uma série de mandados judiciais, um deles, no apartamento de Bolsonaro, em Balneário Camboriú (SC).
Durante a ação, agentes prenderam Maciel Alves de Carvalho, acusado de ser o cabeça do esquema. Carvalho é instrutor de tiro de Bolsonaro.
Suspeita-se que Maciel usava o clube de tiros como fachada para a compra e venda ilegal de armas. A polícia investiga também a abertura de contas no nome dos envolvidos na operação. Além disso, apura qual seria o papel de Renan Bolsonaro no esquema.
Fonte: Revista Oeste
Comentários