A Câmara dos Deputados aprovou, na quarta-feira 1º, a criação da bancada negra. O grupo terá direito a cinco minutos semanais de fala no plenário e assento no Colégio de Líderes, que, sob a liderança do presidente Arthur Lira (PP-AL), toma as decisões sobre o rumo das votações na Casa.
O único partido contrário à criação da bancada negra foi o Novo. Já o PL liberou seus parlamentares para votar como quisessem, e todas as outras siglas orientaram seus deputados a apoiar o projeto.
O grupo terá uma coordenação-geral e três vice-coordenadorias, que serão eleitas anualmente, sempre em 20 de novembro, no Dia da Consciência Negra.
Nas redes sociais, o deputado federal Hélio Lopes (PL-RJ) criticou a decisão. “Sei que para alguns (da esquerda) não sou negro suficiente para falar o que é bom ou ruim, mas comunico ao meu eleitorado que não farei parte da bancada negra”, escreveu o parlamentar, no Twitter/X.
O que diz o relator
De acordo com Brito, 31 deputados se autodeclaram pretos e 91 se identificam com a cor parda. O cálculo é de que a bancada negra corresponde a aproximadamente 24% dos 513 parlamentares da Casa.
O relator do projeto, deputado federal Antonio Brito (PSD), argumentou que a criação da bancada negra é coerente com uma emenda constitucional, aprovada pelo Congresso em 2021. Esta última determinou que os votos dados a candidaturas de mulheres ou negros nas eleições de 2022 a 2030 contarão em dobro para fins de distribuição dos recursos dos fundos eleitoral e partidário entre os partidos.
Fonte: Revista Oeste, com informações da Agência Estado
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