O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), recebeu em sua residência oficial o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), potencial presidente do Senado a partir de 2025, também visitou o colega.
O encontro se deu na última quinta-feira, 23, poucas horas depois da aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 8/2021. Essa PEC limita decisões monocráticas, ou seja, individuais de tribunais superiores, como Supremo Tribunal Federal (STF) e o Superior Tribunal de Justiça.
Já nesta sexta-feira, 24, o presidente do Senado dividiu um voo com dois ministros do STF. Dias Toffoli e, novamente, Alexandre de Moraes voaram com Pacheco de Brasília a São Paulo, em avião da Força Aérea Brasileira (SP).
Troca de farpas
Ainda na quinta-feira, Pacheco havia respondido críticas feitas pelo ministro do STF Gilmar Mendes ao Legislativo. “Não admito que se queira politizar e gerar problema institucional”, disse o senador a jornalistas. “Supremo não é palco e arena política.”
Isso porque, durante sessão do STF, Gilmar disse que os autores de uma “empreitada” começaram “travestidos de estadistas presuntivos e a encerraram melancolicamente como inequívocos pigmeus morais”. O ministro não chegou a citar nomes.
Aprimoramento da Justiça
De acordo com Pacheco, a PEC é um aprimoramento da Justiça no Brasil. A proposta prevê que um ministro sozinho não derrube a decisão de um colegiado do STF, do presidente da República e de parlamentares no Executivo.
“Ninguém e nenhuma instituição tem um monopólio da defesa da democracia no Brasil, porque aqui desse púlpito do plenário do Senado Federal, eu, como presidente, defendi o STF, defendi a justiça eleitoral, defendi as urnas eletrônicas, defendi os ministros do STF, defendi a democracia do nosso país”, disse Pacheco, ontem.
Créditos: Revista Oeste
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