Foram 35 ônibus e um trem queimados no Rio de Janeiro na última segunda-feira (23/10). Agora, as investigações das autoridades se concentram na figura do miliciano Zinho, que teria fugido. A hipótese é de que o incêndio dos veículos tenha sido apenas uma cortina de fumaça para facilitar a fuga do criminoso.
Há, ainda, a suposição de que o miliciano Pipito tenha assumido a liderança do Bonde do Zinho, e que tenha sido ele quem ordenou os incêndios.
Acontece que, segundo a polícia, Zinho estava na mesma região onde seu sobrinho, Faustão, morreu durante uma operação que resultou em uma troca de tiros com a polícia. Os agentes teriam ouvido por transmissão via rádio um comando de que Zinho, que é conhecido dentro do próprio bonde como Zero, fosse protegido.
O secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Cappelli, falou que a reação das milícias ao trabalho policial no Rio de Janeiro é “muito grave”.
“Situação muito grave, facções criminosas desafiando o Estado Democrático de Direito, é uma clara ameaça à autoridade do Estado, uma situação inaceitável”, disse.
Relembre os possíveis envolvidos
Faustão: sobrinho de Zinho, morto na segunda-feira (23/10). Apelido do miliciano Matheus da Silva Rezende;
Zinho: líder do Bonde do Zinho até então. Apelido do miliciano Luís Antônio da Silva Braga;
Pipito: possível novo líder do Bonde do Zinho. Apelido do miliciano Rui Paulo Gonçalves Estevão;
Tandera: outro criminoso caçado e com possível envolvimento na queima de ônibus. Apelido de Danilo Dias Lima;
Abelha: traficante e com possível envolvimento na queima de ônibus. Apelido de Wilton Carlos Rabello Quintanilha;
Matheus, mais conhecido como Faustão, era o segundo na hierarquia da milíciaReprodução/Redes sociais
Sobrinho de miliciano morto e ônibus queimados
Matheus da Silva Rezende, mais conhecido como “Faustão” ou “Teteu”, era sobrinho do miliciano Luís Antônio da Silva Braga, o “Zinho”. Faustão morreu durante confronto com policiais na comunidade de Três Pontes, em Santa Cruz, também na zona oeste da cidade.
De acordo com apurações do Metrópoles com fontes de inteligência e com o histórico de investigações oficiais, Zinho lidera a milícia tem o apelido dele no nome, o Bonde do Zinho. A origem do grupo se deu após um processo que envolve a participação de familiares e trocas de comando em regiões dominadas pela milícia.
Conforme o sindicato das empresas de ônibus da cidade do Rio de Janeiro, a Rio Ônibus, essa segunda foi o dia com maior número de veículos destruídos da história da capital. A entidade estima que o prejuízo do ataque aos coletivos possa chegar a R$ 35 milhões.
Na segunda, o governador do Rio, Cláudio Castro (PL), confirmou a prisão de 12 criminosos suspeitos de atear fogo nos ônibus. “Eles já estão presos por ações terroristas e, como terroristas, estarão sendo encaminhados para presídios federais”, explicou o governador.
Fonte: Gazeta Brasil
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